sexta-feira, 2 de março de 2012

Justiça condena assassinos de mãe e filho na Granja Três de Outubro

O juiz da Primeira Vara Criminal da Comarca de Além Paraíba, Dr. Marco Aurélio Soares, sentenciou, no dia 25 de janeiro, os acusados pelo assassinato da Sra. Irene Fernandes Jorge, 78 anos, e seu filho José Mauro Camilo Jorge, o Maurinho, de 54 anos . O crime aconteceu em abril do ano passado, no bairro Granja Três de Outubro, em Além Paraíba, com requintes de crueldade, chocando a cidade e região. Irene Fernandes Jorge e seu filho Maurinho eram pessoas muito queridas na comunidade e foram  vítimas indefesas de um crime bárbaro, sem precedentes na história de Além Paraíba. A anciã, de quase 80 anos, e seu filho, de 54 anos - que tinha grande dificuldade de locomoção devido a um derrame (AVC) - foram brutalmente esfaqueados e mortos dentro de sua própria casa pelo jardineiro que prestava serviços à família. Na época, Marcos trabalhava para Irene Jorge, substituindo seu pai, Randeck (o “Deco”).  Marcos confessou que matou Irene por ter se desentendido com ela e, em seguida, esfaqueou Maurinho pois ele teria acudido em defesa da mãe. O inquérito policial, porém, apontou à época que o crime foi um latrocínio: Marcos matou para roubar e teve a cumplicidade de sua companheira à época, Bruna da Costa. Diversos pertences da família foram levados da casa, localizada na Granja Três de Outubro.Em setembro do ano passado, aconteceu a audiência de instrução na 1ª Vara Criminal da Comarca de Além Paraíba e, com base nos depoimentos de 8 testemunhas e dos 3 então réus, além da tramitação do processo como um todo (com alegações da acusação e da defesa), o Juiz Marco Aurélio Soares, quatro meses depois, pôde ditar a sentença. O crime não foi a júri popular pelo fato de ter sido um latrocínio e, segundo o Código Penal Brasileiro, o latrocínio é caracterizado como um crime contra o patrimônio e, por isso, deve ser julgado por uma Vara Criminal comum. Mesmo assim, o latrocínio está previsto na lista dos crimes hediondos e figura entre os delitos com maior pena privativa de liberdade.O réu confesso Marcos dos Santos foi condenado a 43 anos reclusão e sua ex-companheira, Bruna da Costa, recebeu a pena de 41 anos, por ter participado junto de Marcos, do bárbaro crime.Já o jardineiro Randeck Moreira ( o Deco, pai do assassino confesso)— e que estava sendo acusado de ser o mentor do crime— foi absolvido das acusações e foi posto em liberdade. Marcos dos Santos já está cumprindo pena em uma penitenciária de Juiz de fora. Já a sua ex-companheira Bruna permanece na Cadeia Pública de Além Paraíba, mesmo após ter sido condenada a 41 anos de reclusão. É que a doméstica está grávida. O bebê de Bruna, segundo comentários que circulam nos corredores da DEPOL não é de seu casamento com Marcos, mas sim fruto de seu relacionamento atual com um detento da cadeia pública. O Ministério Público, representado pela Promotora de Justiça, Dra. Sandra Ban, não ficou satisfeito com as penas, principalmente pela absolvição de Randeck Moreira (o Deco) e irá recorrer da sentença, para tentar aumentar o tempo de reclusão e eliminar a absolvição do jardineiro Deco.Atuaram na acusação dos criminosos, além do Ministério Público, os advogados Jonas Masiero, Ricardo Masiero e Mayara Masiero. (FONTE: SITE DO JORNAL AGORA – www.agorajornais.com.br)

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